Maurício Cavalheiro 15 de julho de 2021

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A vida passa tão depressa
que não damos conta
de consertar nossas tristezas
– Os olhos carregados de sequelas
não têm mais tempo para umidades
No fundo do fundo de minha alma
moram aborrecimentos
que muitas vezes tento desvalorizar
– Incêndios sobrevivem
a minha ingênua tentativa
Nos campos da solidão
habito o silêncio para fugir do caos,
do caos que me governa
– Na procissão de reses
sou a cabeça de outra cor
Do outro lado da montanha mora a pedra
que rasgará a minha túnica
me emprestará um par de asas
para que eu mergulhe
no labirinto do esquecimento
09/07/2021

Obs: O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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