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Não conheci o Paulo Gustavo pessoalmente, mas estou arrasado com seu falecimento. Ele foi autêntico, viveu o que sentia, enfrentou um mundo preconceituoso e venceu. E trazia alegria, que é tão necessária. Sua luz jamais se apagará, porque ele foi de verdade. Ele sempre estará em meu coração.

 Ele parecia ser alguém muito próximo, um amigo, alguém que poderia vir, num domingo qualquer, almoçar em casa. Aquele amigo que chega no boteco e senta-se à sua mesa para beber e falar bobagens. Aquela pessoa que te enviaria um áudio engraçado de madrugada, que te consolaria num momento ruim. A Dona Hermínia era como aquela vizinha que conhece a vida de todo mundo.

 Isso me levou a refletir sobre tanta coisa, dentre elas, sobre a finitude da vida. Somos tão fortes e, ao mesmo tempo, tão frágeis. Tudo pode mudar num piscar de olhos, tudo. De repente, vem uma porrada da vida, que te desmonta e te retira de qualquer lugar seguro. E mais, acho que nunca estaremos preparados para perder pessoas para sempre. Por mais que seja uma certeza, sua concretização dói para todo mundo. Aproveitemos muito quem está ainda aqui.

 Outra coisa que me fez pensar foi o fato de que as figuras públicas têm um papel muito importante na vida das pessoas. Elas são capazes de promover muitas coisas positivas na vida da gente. Eu – como tantos de vocês – fiquei super comovido com a doença do Paulo Gustavo e mortificado com seu falecimento, porque ele trazia muita luz, ele brilhava de uma forma tão especial, que se tornou meu amigo, amigo de tanta gente que admirava o seu trabalho.

 O amor nos salva, mas o humor também. Sorrir é essencial, para que respiremos, em meio a tanta tristeza que rodeia a vida lá fora. Para que possamos recarregar energia e esperança dentro de nós, quando nada parece fazer sentido. Para que a gente retorne, para que a gente volte a caminhar mais leve. Para que a dureza dessa semeadura diária encontre amparo e alento nos sons de uma risada gostosa.

 Obrigado por tudo e por tanto, Paulo Gustavo. 9 de maio de 2021

Obs: O autor é graduado em Letras e Mestre em “História, Filosofia e Educação” pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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