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Estevão está no tribunal. Corajosamente faz a análise da história do povo. Desmascara o sentimento elitista de que são “eleitos” de Deus, por isso desprezam os outros povos como impuros, inferiores. Chega o momento crucial. No deserto Deus não se achava no templo. Era qual peregrino, acompanhando Seu povo. A “tenda da presença” era só um sinal, construída à imitação de modelo “celestial”. Só depois é que os reis quiseram construir santuário para
“fixar” Deus junto a seus palácios. O poder pretende a legitimação do sagrado, a religião a seu serviço. A palavra profética, porém, renova sempre a denúncia: “O Altíssimo não habita em casa feita por mãos humanas… que casa construirão para Mim¿” É significativo que no v 41 se relembre o bezerro de ouro e se diga: “Ofereceram sacrifício ao ídolo…a obra de suas mãos”. Estêvão faz uma ligação clara entre o “ídolo, obra de suas mãos” e “casa feita por mãos humanas”. A Igreja sempre corre risco de ser apenas “casa feita por mãos humanas”, na qual se espelha nosso próprio rosto, ídolo, sagrado construído só para legitimar nosso sistema de vida…
*Atos 7, 44-8,1
Obs: O Autor é Bispo Emérito da Diocese Anglicana do Recife
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil – IEAB….
É Teólogo e Biblista
Assessor do CEBI, de lideranças de Comunidades Eclesiais de Base e de Escolas de Fé e Política