– diário de um confinamento –
Dia 16
(19.04.20)

madrugada
a casa é um ressonar ritmado
sou uma desordem de vontades e apressamentos

aperto os olhos
sinto-me em mim

nunca me dei tempo para de verdade me sentir
nunca me dei tempo para me escutar
nunca me dei tempo para descobrir o quanto sou livre

esta liberdade que hoje foge dos meus pés
é a mesma que sempre fez do meu pouso um constante ponto de partida

a terra que absorve a chuva produz erva útil e alimenta o sentido de todos os voos.

Obs: A autora é mineira. Formada em- Letras pela UFMG, pós-graduou-se na UEMG em Administração Escolar. Às vezes é prosa, outras, poesia. Participou de várias coletâneas, Livro da Tribo, revistas e jornais literários, impressos e virtuais, com poemas, crônicas e contos. Publicou três livros de poesia pela Editora Penalux: Equilibrista (2016), Pontiaguda (2017), Náufraga (2018). Nesse ano, 2020, publicou seu primeiro livro de contos – O Insuspeitável perigo do instante-beijo e outros contos – 
Imagem da autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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