1 de maio de 2021
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A morte é muito faceira
Tem dupla personalidade
Tem problema de humor
Por vezes é tão carinhosa
Livra o doente da dor
Por vezes é tão estúpida
Leva o jovem causando imensa dor
É enigmática
Não tem hora certa para chegar
Chega fazendo surpresa
E quando esperada, demora a se apresentar
A morte é muita antiga
Há séculos se fala dela
Poucos são seus amigos
Mesmo quando alivia a dor do doente
Seus parentes ficam sofrendo de outra dor
Tem quem procure a morte
Tem quem chame por ela
Mas é uma dona geniosa, de muita personalidade
Só faz o que quer
Na hora que quer
Do jeito dela
Não posso dizer se é boa, nem ruim
Tudo depende da vida de cada um.
(Falecimento do tio materno. Marcos Gambôa)
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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