Regina Carvalho 15 de maio de 2021

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Na hora do mocho
entre velhas ruínas vermelhas
névoas, vultos e maresia
cristaliza-se sobre as rochas

Na hora da cítara
um olho de rapina
cavalos de negras cabeleiras
pela ruividão do teto caído.

Juncadas as portas, as janelas
ressoam como sinos
…um rastear de serpentes…

um colar de escorpiões vermelhos
Uma rama de sol
o incandescente grão da poesia

Obs: A autora formada em Artes Plásticas, pela UFPE, desenvolve em cima de técnicas de desenho, pintura e gravura seu corpo de obra, pensando um campo pictórico de convivência entre texto e forma.
Tem cinco livros publicados sendo um de desenhos e três de poemas, publicados em três coletâneas e um poema premiado com o segundo lugar no concurso de poesia do SINTEPE – 2010. A autora também ilustra livros infantis e é ilustradora científica do laboratório de morfotaxonomia do CCB-UFPE

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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