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Um dos ensinamentos mais bonitos dos meus pais foi saber ser plateia. Saber elogiar, admirar, sinceramente.

Ser livre, destravada. Admirar ao outro não é desprestígio para ninguém, é a alma sendo sincera com o que é admirável.

Lembro que meu pai dizia: quando não puder elogiar não diga nada. Assim cresci, achando que as palavras devem colocar as pessoas pra cima, jamais pra baixo. Isso nos deixa mais leves e as pessoas mais felizes.

Muitas vezes sinto que algumas pessoas, talvez por se acharem importantes, acham que um elogio pode ser uma forma de conquistar, de puxar o saco.

Não levo jeito para puxar saco de ninguém, mesmo porque as pessoas para mim são únicas e de valores inestimáveis nas suas particularidades. Se falo, quando falo, é sincero.

Aprendi também que ninguém é mais do que ninguém, independentemente do que acham que são. As que se acham melhores realmente não são nada pra mim, estarão sempre do lado do “não diga nada”. Essas cujas almas não “fedem nem cheiram” por mais que se esforcem.

Pensando bem, o que mais aprendemos na vida são as coisas que realmente estão de acordo com nossa essência. Para as almas duras e rasteiras esse ensinamento ficaria no vácuo. Fico feliz em ter aprendido facilmente.

Continuarei assim porque sei que o mundo precisa das palavras boas, das boas atitudes e de boas pessoas. Também não sou melhor do que ninguém por isso, mas, sinceramente, sinto-me feliz em fazer alguém melhor. Boa tarde. (Escrito em 2017)

Obs: A autora é poeta, administradora e editora da Revista Perto de Casa.
http://pertodecasa.rec.br/

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Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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