Maurício Cavalheiro 1 de maio de 2021

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– Eu sei que errei, por isso, é que, plangente,
peço perdão por minhas graves falhas,
por não vencer nenhuma das batalhas
que lhe dariam um lugar decente.

– Eu sei que errei, pois só lhe dei migalhas,
dei-lhe desprezo, dei-lhe a dor ingente,
e em suas quedas, eu agi, somente,
para envolver seus sonhos em mortalhas.

– Ah, quem me dera fosse embora o ocaso
e assim tivesse um pouco mais de prazo
para cumprir, talvez, um bom conselho.

Mas era tarde, a fala tão doída,
no chão derruba o velho, já sem vida,
após mirar-se em um vetusto espelho.

Maurício Cavalheiro
Cadeira nº 19
Patrono: Machado de Assis
ABRASSO – Academia Brasileira de Sonetistas

Obs: O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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