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O Poeta Municipal
Capricha na feitura dos poemas
Envia-os a revistas, certames da cidade grande
E sonha com seu nome estampado em quadricores.
O Poeta Estadual
Esmera nos seus poemetos
Manda-os para os concursos da metrópole
divaga entre premiações de vulto
E idealiza seu nome num grande letreiro.
O Poeta Nacional
Lapida seus poemas metropolitanos
Despacha-os aos grandes prêmios federais
E já vê seu nome em letras garrafais pelo país.
Enquanto o poeta universal
Entre leituras, jardim e bichos
Lembra de uma palavra que lhe faltava num texto, deslembra, relembra – mas está santificado na terra –
Esquece limites geográficos, egocêntricos e culturais
E nem sabe das tramas dos homens de gabinete.
Seu último verso o espera. E esta é toda a sua alegria.
Obs: O autor é Jornalista e Gestor Cultural.