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A diocese de Penedo prepara-se para constituir a primeira turma de seus diáconos permanentes.
A renovação dos Diáconos permanentes na hierarquia da Igreja foi uma das mais felizes e oportunas intuições do Concílio Vaticano II, que está completando cinquenta anos de seu encerramento, que foi a 8 de dezembro de 1965. No número 29 da Constituição Dogmática Lumen Gentium (“Luz dos Povos”) o Concílio estabeleceu: “Em grau inferior da hierarquia estão os Diáconos, que recebem a imposição das mãos não para o sacerdócio, mas para o ministério. Assim, confortados com a graça sacramental, servem o Povo de Deus nos ministérios da Liturgia, da Palavra e da Caridade, em comunhão com o Bispo e seu Presbitério.” O Papa Paulo VI, em dois importantes documentos, definiu a vida e o ministério dos Diáconos Permanentes, que não se destinam ao sacerdócio, podem ser casados ou viúvos e exercem hoje um ministério relevante na pastoral da Igreja. São eles os documentos pontifícios: “Sacrum Diaconatus Ordinem” (A Sagrada Ordem do Diaconato) e “Ad pascendum” (Para apascentar). Pelo primeiro, publicado em 18 de junho de 1967, o Santo Padre estabeleceu normas canônicas acerca do diaconato permanente e no segundo, de 15 de agosto de 1972, deu novas indicações sobre o ministério diaconal na Igreja de hoje. Citando antigos escritores eclesiásticos, Paulo VI diz que “O Diácono é definido como a boca, o coração e a alma do Bispo.” E ainda: “O Diácono é amigo dos órfãos e dos que cultivam a piedade, o amigo das viúvas, fervoroso no espírito e amigo das coisas que são boas.” Por isso, continua o Papa do final do Concílio, o diaconato floresceu na antiguidade na Igreja de maneira admirável; e, ao mesmo tempo, ofereceu magnífico testemunho de amor a Cristo e aos irmãos, na realização de obras de caridade, na celebração dos ritos sagrados e no desempenho de inúmeras tarefas pastorais.
Os candidatos ao diaconato permanente da Igreja penedense estiveram reunidos esta semana, de segunda a quinta, em retiro espiritual, no piedoso mosteiro beneditino de Garanhuns-Pernambuco. Eram em número de nove, mais um diácono transitório, para o presbiterato. Serão ordenados na próxima quarta-feira, dia 25, festa da Anunciação do Senhor, pelo Pastor da Igreja que está em Penedo, Dom Valério Breda SDB, o qual muito espera do trabalho pastoral desses novos ministros da Igreja, consagrados pela ordenação diaconal.
Obs: O autor é arcebispo emérito de Maceió.