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Hoje em dia, a ansiedade parece estar vinculada ao nosso nome, nos dando a impressão de que somos apenas a ansiedade que carregamos. Em meio a todas as incertezas em que vivemos, o futuro mora cotidianamente no nosso presente, e a ansiedade é por definição, o excesso de futuro no presente.
Existe sim, a ansiedade “boa”, que é aquela que nos impulsiona a (tentar) planejar minimamente a nossa vida de forma responsável. Existe ainda, a mais primitiva, aquela ligada ao instinto de sobrevivência e, como o nome já diz, nos faz lutar para continuar existindo.
Já a ansiedade “ruim”, se apresenta através de excessiva e persistente preocupação/ tensão em cada movimento cotidiano que fazemos. É quando o futuro assalta o nosso presente, gerando sintomas dos mais variados no corpo/mente dos ansiosos. Para eles ( ou para todos nós), essa forma de viver cansa a alma, e o ato de existir se torna pesado.
Em meio ao caos pandêmico, ( principalmente no Brasil), difícilmente alguém por aqui não se sinta ansioso(a) e com medo do futuro. Paradoxalmente, quem hoje não carrega dentro de si esses sentimentos, talvez esteja doente demais.
Obs: O autor é Psicólogo, palestrante, terapeuta de família casal.
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