VILLY FOMIN 1 de fevereiro de 2021

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Nascemos com uma série de expectativas dos outros sobre nós: engatinhar, andar, arriscar palavras, crescer, aprender a ler, escrever e por aí vai…

Isso é muito bom, faz parte da vida, precisamos de pessoas nos incentivando.

Ninguém cresce sozinho.

Somos sempre devedores.

Pessoas nos deram as mãos.

Porém é preciso cuidado, incentivo não pode passar a ser controle.

Sei que as pessoas que me influenciaram, fizeram com a melhor das intenções, mas chega uma hora que eu preciso ver se as ideias que recebi cabem no meu sentido de vida, se esses conteúdos estão me incentivando ou bloqueando.

Preciso perceber se não me tornei um dependente da opinião alheia. O desejo de ser aprovado o tempo todo é um vício destruidor.

Bem disse a sabedoria das ruas: “A dor e a delícia de nunca ser aquilo que queriam que tu fosses”.

Os rompimentos são doloridos na mesma medida que são necessários. Não estou falando de abandonar pessoas, mas sentir-se desobrigado a repetir as ideias dessas pessoas.

Romper padrões, frustar o script escrito pelos outros, diminuir a intensidade das vozes que censuram, “pagar pra ver”, cair e levantar, sair do macro-trilho e abrir a própria trilha. Sonhar, questionar os sonhos e lutar para realizá-los.

Viver é arriscar.

Assuma o script da sua história, corra o risco de tomar decisões, sinta o frio na barriga, o nó na garganta. Assim você conhecerá as lições que estão escondidas nas frustrações. Sim, acredito na força pedagógica de uma derrota, e somente assim, somente assumindo seu papel você conhecerá a alegria, o êxtase de realizar sonhos e viver sucessos.

Existe algo bem mais dolorido do que decidir e errar: passar a vida vendo a vida passar. 29.09.20

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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