“ Não nos esqueçamos de que a floresta se levantou de sementes quase invisíveis, de que o rio se forma das fontes pequeninas e de que a luz do Céu, em nós mesmos, começa de pequeninos raios de amor a se nos irradiar do coração.” (Memei).

Se todas essas maravilhas ocorrem todos os dias, por que  ainda temos dúvidas? Por que não acreditamos e não vivemos como uma grande obra do Divino? Toda a nossa complexidade tem início na união, tão simples, de duas tão pequeninas estruturas: um espermatozoide e um óvulo. Há alguma dúvida sobre a “mão de Deus” nesse processo?

E vejam o que Ele nos entrega, mesmo que as vezes nem sejamos dignos: uma natureza esplêndida, rica,  tranquila ( se não a perturbá-la, agredi-la) e sempre inspiradora, do bem, do carinho, do amor. Sinal inequívoco da bondade de um Pai Amoroso, que deseja  que seus filhos, cresçam em sabedoria, em humanidade, em respeito ao próximo e à própria natureza. Que possam  viver o que mais Ele nos exemplifica, por suas obras e por seus ensinamentos: amar ao próximo como a nós mesmo.

Paulo primou por esse ensinamento e proclamou: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine”. E ratificara quando anunciou: “Assim, permanecem agora estres três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor”.

Ah o amor… Tão cantado, tão mencionado em prosas e versos, mas tão difícil de vê-lo sendo vivido… Todos queremos ser amados, mas nem sempre amamos, pelo menos na mesma intensidade que queremos ser amados.

Em verdade, deveríamos amar muito mais, amarmos incondicionalmente e, sem dúvida, esse sentimento se estenderia, de cada um para todo o mundo. Que bom não seria essa “contaminação” pelo amor. Não precisaríamos  de nenhum controle,  nem uma vigilância, apenas “infeccionaríamos” a todos, contaminaríamos o mundo. E assim, viveríamos melhor, não haveria tanta maldade, não agrediríamos a mãe natureza, os  queridos e inocentes animais e, acima de tudo, não nos agrediríamos tanto uns aos outros.

Se nos deixarmos contaminar pelo amor estaremos mais próximo de Deus, superaremos nossas fraquezas, nossas dores, nossos medos e seremos verdadeiramente humanos. Estenderemos a mão ao próximo eliminando sua fome, acolheremos o sem teto, daremos um copo d’água a quem tem sede, poderemos auxiliar  aquele sem roupa a se vestir,  visitaremos os doentes que precisam tanto de uma palavra amiga, precisam de nós; poderemos dá apoio aqueles que estão em prisão, mesmo aquela prisão em seu  egoísmo. Enfim estaremos, sem dúvida, em comunhão com aquele que nos criou, que nos apresentou e continua nos apresentando tantos ensinamentos. Que nos demonstrou tanto amor, nos pedindo apenas: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei.

Vamos nos contaminar pelo amor?

Obs: O autor, Prof. Dr. Rômulo José Vieira é Acadêmico da Academia de Ciências do Piauí; Acadêmico da Academia de Medicina Veterinária do Piauí; Acadêmico correspondente da Academia de Medicina Veterinária do Ceará; Acadêmico correspondente da Academia Pernambucana de Medicina Veterinária.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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