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Bom dia ouvinte, como viver em paz nos dias de hoje? Realmente não está fácil! Mas me diga, que tipo de paz precisamos? Certamente não a paz dos ministros do STF que estão vendo o Brasil já afundando e eles não decidem salvar-nos; nem a falsa paz do presidente da república. Certamente precisamos da paz, aquela da consciência, cultivando a justiça, solidariedade, cuidado consigo e com os outros. Mesmo no auge da pandemia podemos cultivar a paz. Aliás, Jesus garantiu isso, ao afirmar: “Eu vos dou a paz, a minha paz, não a paz da sociedade” hoje ele dirá – não a paz do bolsonarismo criminoso; nem a paz dos que destroem florestas, rios, igarapés para seu benefício, sem respeitar as leis da natureza.

Tudo bem, vamos analisar alguns momentos da semana que passou. Comecemos com a preocupação de todos nós sobre a rapidez como a pandemia do covid 19 se espalha na região. A mais recente notícia que chegou ontem, era que em Santarém aumentou numa semana,100 por cento o número de internados em UTI. Dia 16 eram 9 pacientes internados em UTI. Na última sexta já eram 22 internados no hospital regional. Infelizmente continuam pessoas abusando da sua vida e vida dos outros, andando sem máscara na rua e se aglomerando em alguns lugares. Foi preciso que o prefeito decretasse novo fechamento, agora até de shoppings e academias, além do comércio não essencial para a sobrevivência das famílias. Os que reclamam porque são obrigados a fechar lojas e locais de negócio, certamente que colocam seus lucros acima das vidas dos outros. Não querem admitir que são tantos os que deixam de ganhar algum dinheiro para preservar sua vida e da dos outros. Esses não tem a paz de Jesus.

Mas também neste momento há quem merece louvor. Mesmo com atraso, estão certas as autoridades estadual e municipal, quando defendem as vidas exigindo cumprimento o isolamento social e fechamento de locais de comércio e diversão, inclusive shopping center e academias. Além de ser um dever do poder público zelar pela saúde da coletividade, a situação de Santarém e Baixo Amazonas está chegando ao limite dos hospitais e áreas de UTIs. Até o consumo de oxigênio nos hospitais corre o risco de faltar. Por falar em oxigênio, é preciso bater palmas ao presidente Maduro da Venezuela. Mesmo sendo taxado de ditador e sem competência em seu país, ele mandou trazer a Manaus 5 caminhões carregados de oxigênio em gesto humanitário e solidário. Não cobrou nenhum real pela oferta.

Outra pessoa que merece aplauso neste momento, é o governador Helder Barbalho. Diante da crise da pandemia aqui no Oeste do Pará, não está medindo esforços. Dispôs quatro helicópteros e aviões para atender os doentes dos locais mais distantes para salvar vidas. Além disso, esteve visitando municípios como Faro e Terra Santa, acompanhando a entrega de oxigênio aos pequenos hospitais locais. Supõe-se que não seja somente generosidade cristãs sua presença aqui no Oeste do Pará, mas ao menos está prestando importante serviço. Que se dê a Cesar o que é de Cesar.

Quem não merece nenhum elogio são os cabeça de burro e espírito de porco, que insistem em andar sem máscara nas ruas e também se aglomerar em locais públicos. Essas pessoas se tornam cúmplices de mortes de pessoas que ao se aproximar delas transmitem o vírus, estando contaminados. São como Caim que matou seu irmão e depois fingiu que não tinha culpa.

Finalmente merecem louvor os grupos e igrejas cristãs que tem promovido campanhas de cestas básicas aos mais necessitados. A solidariedade é o caminho direto para a felicidade. 24.01.2021

Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhã? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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