elza fraga 1 de janeiro de 2021

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Alguns seres humanos pensam que pensam diferente, quando na verdade nem pensam.

Vivem no conceitual sem saber que há vida fora deles.

Seguem numa fila indiana, sem objeções ao controle, mas observando atentamente o comportamento do outro que resvalou pra fora da fila.

Se pensam donos da ‘verdade’ quando na ‘verdade’ nem sabem o que é a ‘verdade’.

Acreditam nos conceitos antigos que as escolas lhes passaram, e a educação aproveitou para lhes fixar na mente como tatuagem.

E apontam o dedo para os que acham diferentes como se esses fossem criminosos, ou sem sanidade.

Seguem suas trilhas como vem fazendo encarnação após encarnação.

Não buscam no seu interior as ferramentas de fuga.

E atiram sem dó nem piedade nos que ousam ir contra seus conceitos obsoletos e velhos, rotos e sem base sólida.

Aproveitam o evento da internet, aparentemente inocente, para tentar ferir, jogar frases de efeito, alfinetar os que fugiram do cercadinho traçado.

E muitas vezes pensam que atingiram objetivos quando na verdade só se feriram mais, só mostraram o que há dentro deles.

Tentando ser irônicos se tornaram tolos.

Fingem não entender que:

Um ser humano tem o direito de sair da fila. Tem o direito de buscar a verdade. Tem o direito de não concordar com o pensar alheio.

Ou tem o direito de seguir o fluxo se lhe for mais favorável, por medo de sair da zona de conforto.

Porém tem o dever de respeitar aquele que por opção, ou por ter descoberto algo novo, resolveu experimentar um outro jeito de carrear sua vida.

Cada um segue a trilha que lhe foi destinada?

Não!

Cada um faz sua trilha com a sua própria caminhada. Ou segue as trilhas alheias na interminável fila.

Criamos, com o livre arbítrio, e com nossas pegadas, o caminho que se quer trilhar.

Somos co-criadores da nossa sina.

E que no final da vida não se descubra o quanto, por teimosia, perdemos em beleza, em experimentos, em estradas novas nunca vistas.

Por medo do desconhecido não entramos nos túneis certos,

pensando que é abismo o que é apenas bosque – com flores raras e pássaros nunca vistos, perdemos muitas vezes o melhor da festa.

A vida é feita pra se atravessar sorrindo, buscando com coração assustado, olho atento e mente aberta, os desvios que nos levarão a outra dimensão inimaginada.

As vezes, por se achar igual ao todo, muitos perdem o bosque em que se esconde a escada para patamares melhores.

E nunca saberão como é bom olhar o mundo de cima, com visão privilegiada.

Enquanto dois terços da humanidade já está desperto, ou prestes a despertar, um terço ainda segue as orientações antigas que não nos servem mais, e patinam nas coisas usuais aos seres rudimentares:

Desamor, maledicência, vitimização e falta da bússola para a evolução.

elza fraga

Tentando acordar os que já dormiram o suficiente, para que sigamos em paz.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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