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QUANDO EU E PADRE ROLIM VAMOS AO MATO VOLTAMOS DE LÁ ENVERGONHADOS

Padre Leonardo Donno era um grande pastoralista e exercia essa função como catequista no colégio com os alunos externos e com as comunidades rurais da paróquia. Seus sermões faziam tremer as classes privilegiadas da cidade. A teologia da libertação tinha apenas um ano, mas não era a pupila dos olhos dos salesianos. Tinha profunda identificação com o homem do campo. Lembro que certa vez, de noite, reuniu cerca de 50 homens (e só homens) do campo numa sala da escola salesiana de Carpina. Padre Dono fazia palestra para eles e Pe. Rolim e eu escutando do lado de fora da sala. Em sua fala enaltecia as virtudes do homem do mato (campo). A uma certa altura, ele afirmou: “Quando eu e o Padre Rolim vamos ao mato, voltamos de lá envergonhados”. Nós dois caímos numa gargalhada escandalosa maldando as palavras do padre; a expressão “ir ao mato”, no sertão, significa fazer as necessidades.

Obs: O autor é Mestre em Educação pela Université du Québec à Hull (Canadá), professor da Unicap e da Fafire e  presidente da Comissão de Pastoral para a Educação da Arquidiocese de Olinda e Recife.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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