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Foram renegados
Jogados no navio
Feito animais
Sempre injustiçados
Sempre marginalizados
Ah! Quão grande é nossa evolução!
Se ainda
Cometemos este Apartheid
No mar venenoso
Da mente
Que julga a pele
Essa pele
Que clama direito
De existir
De “ser humano”
De ser cidadão
Já chega! Chega de escravidão!
E imagino
Zumbi trazendo a consciência
De que o mundo tem sangue negro
Para clarear
E queimar
A ignorância do racismo
Brasil não seja vil
Seja apenas negro
Como todos nós somos
Cássio Amaral..
2003
Meu avô Laudelino Dias da Cunha era negro.
Negro todos nós brasileiros somos.
Obs: O autor é mineiro, natural de Araxá, professor de História e Sociologia no Ensino Médio e é Juiz Arbitral, pela AJAAP (Associação dos Juízes Arbitrais do Planalto). Começou a escrever poemas a partir dos 13 anos de idade e tem seis livros publicados: Lua Insana Sol Demente, de 2001, Estrelas Cadentes, de 2003, Sonnen, de 2008, Milenar, de 2016, todos pela JAR edições; e o eBook Enten Katsudatsu, de 2010, pela Germina Literatura, e o Faísca, de 2014, pelo Coletivo Anfisbena e Edições Imprevisto. Além dos livros, tem textos publicados em vários sites e blogues.