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Domingo foi a oportunidade de os e as eleitoras da Amazônia decidirem que servidores querem para os próximos quatro anos nas prefeituras e câmaras de vereadores. Aconteceram eleições municipais com possibilidade de mudança política na Amazônia. A vida na região tem nova oportunidade de cultivar a esperança.

Com a modernidade das urnas eletrônicas, os resultados saíram ainda na mesma noite. Agora os eleitos festejam e os excluídos choram.  Não significa que os eleitos sejam os mais honestos e mais competentes.

Em Santarém duas experiências inovadoras de fazer política, entraram na disputa por vagas na Câmara municipal. Foram dois coletivos para compor mandato de vereador/a. Um de quatro mulheres no coletivo feminista. O outro misto, o coletivo Puxirum do Bem viver. A palavra Puxirum de origem indígena, quer dizer:  um grupo de compannheir@s juntos, fazendo política pelo bem viver.

Embora a lei eleitoral brasileira ainda não admita um mandato coletivo, a experiência já está presente nos Estados de São Paulo e Pernambuco e agora em Santarém.

 Além do porta-voz serão três co-candidatos assessorando dentro da Câmara municipal e o coletivo que composto de 15 voluntários que comandarão o mandato, se aprovado pelos eleitores nas urnas. Desta vez os dois coletivos não conseguiram votos suficientes para executar a experiência. Mas como processo de mudança já foi primeira etapa, despertando curiosidade e esperança em vários eleitores. Ambos os coletivos tiveram mais de 850 votos cada um.

O processo de mudança na política ainda levará tempo até que os e as eleitoras compreendam que é possível se fazer política como serviço ao bem comum e não um emprego bem pago e mal administrado. Desta vez os dois coletivos em Santarém realizaram o novo modo ao realizar uma campanha de esclarecimento sobre fazer política como serviço ao bem comum. Esse foi o primeiro passo significativo para mais adiante se ter políticos construindo o bem viver da sociedade. 16.11.20

Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhã? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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