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Que tem a ver a Amazônia brasileira com a eleição norte americana? Em outro momento não haveria preocupação para o governo brasileiro. Mas nestes dias certamente que há. O motivo é a declaração de campanha do candidato Joe Biden de que, sendo eleito, tomaria sérias decisões em defesa da Amazônia.

Mesmo não entrando em detalhes, a proposta do candidato democrata estadunidense, provocou imediata reação do vice presidente brasileiro, Hamiltn Mourão. Ele logo declarou, qualquer que seja o presidente norte-americano a política ambiental brasileira não mudará. O vice presidente Mourão que tomou o lugar do ministro do meio ambiente Ricardo Salles de triste memória, agora se sente o protetor da Amazônia e do ambiente.

Se ele afirma que a política ambiental brasileira não muda, ela contínua com a destruição da floresta, tanto pelas queimadas intencionais de grileiros, como pela destruição sistemática do bioma amazônico. De janeiro a outubro foram mais de 10 mil quilômetros quadrados de floresta destruída. As contaminações de rios pelos garimpos de ouro e as barragens hidroelétricas continuam intensas.

 O governo brasileiro se viu pressionado por governos europeus parar o desmatamento da floresta. Acontece que o presidente Bolsonaro é um admirador e vassalo do presidente Trump. Caso ele seja derrotado nas eleições desta semana, a estratégia perversa do governo brasileiro entra em desgaste profundo. A tal ponto chega a submissão do governo brasileiro a mister.Trump que Bolsonaro prefere desgastar as relações com a China, sua maior importadora de soja e carnes. Há poucos dias declarou que não aceitará a vacina chinesa no Brasil.

Hamilton Mourão se apossou da defesa da Amazônia, criando um tal Conselho da Amazônia composto de militares e presidido pelo próprio vice-presidente. Os recursos que o Instituto brasileiro de defesa do meio ambienta IBAMA deveria gastar em um ano está sendo gasto em um mês pelo Conselho de defesa da Amazônia, sem que os resultados sejam positivos. 03.11.2020

Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhã? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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