Monique Marie Becher 15 de outubro de 2020

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A contemporaneidade transporta- nos a mundos imaginários. Somos viventes do futuro.
O presente é um lapso infinitamente finito . As dores físicas são analisadas em tubos metálicos ,verdadeiros caixões , que de tão pequenos , imaginamos nosso porvir de imediato .
Nada de flores, cafés , conversas animadas, piadas , elegias ou discursos contemplativos . É a máquina e você . Nenhuma amizade . Sequer uma palavra .O vazio , o cobertor , uma campainha para requerer um minuto de vida e o nada .
Ouvir música e fechar os olhos . E a tonelada de ruído despejada em seus ouvidos ?
Nem pensar em música . Os fones de ouvido são retirados . O pavor adentra seu corpo . O cura coração dispara em desabalada carreira . Os olhos se fecham . Não arriscam sequer um piscar . A boca emudece. O corpo desacelera . É você com a máquina .
Ela o contém , mas não é senhora dos seus medos , sua claustrofobia , seus pensares e devaneios .
Que fazer ? Dar asas à imaginação .
A cada som alucinante , lembranças das Bahamas com seu mar azul cor de céu , das pedrinhas no calçadão, na poesia daquele lugar tão puro e belo quanto seus nativos que aquinhoam centavos de dólares ou dólares tão parcos que não lhes matam a fome .
Apenas o brilho dos seus olhares despertam nos turistas a busca imediata das pedras preciosas , o luxo do célebre Resort . Ali sentir- se ao livres , elegantes e supremos .
A máquina parou . As lembranças findaram .
O mundo continua o mesmo .

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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