1 de setembro de 2020
Já não são caros os lábios que mentiram,
as mãos que entre os pés se meteram,
palavras sem crédito queimam em ferroadas,
verteu enfim a bebida que um dia sorveram.
Joelhos abrasados em confessionário
balbuciam coisas que nem lembram tanto,
é que nem todos navegam neste mar sem fim
e talvez nunca tenham sido mais, portanto…
Portanto que olhares não mais se cruzem,
deixando que a chuva molhe e seque,
concha sem pérola, ninho sem pássaro,
foi assim, como amor nos pés de um moleque.
Obs: A autora é poeta, administradora e editora da Revista Perto de Casa.
http://pertodecasa.rec.br/
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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