Nosso planeta hospeda a humanidade. Já chegamos a mais de sete bilhões de habitantes, um número que coloca com muita evidência a preocupação com o destino da humanidade, evidentemente ligado ao destino de nosso planeta.
Uma coisa vai aparecendo com sempre maior clareza: a interdependência de todos, e de nós próprios com a natureza. Tanto que um leve aquecimento global já traria, por exemplo, grandes conseqüências.
Nossas atenções vão se voltando em direção à China, por diversos motivos. O principal deles é em relação ao meio ambiente.
A China é o país mais populoso do mundo, com um bilhão e trezentos milhões de habitantes. Os jogos olímpicos seriam para fortalecer o espírito de paz e de fraternidade universal. Mas para constatar o quanto ainda estamos longe de uma situação de paz mundial, nos mesmos dias em que começavam os jogos olímpicos, começava uma nova guerra, envolvendo a Geórgia com a Rússia. Pareceria cômico, se não fosse de fato trágico.
Quando o mundo era disputado por duas grandes superpotências, a antiga União Soviética e os Estados Unidos da América, as pequenas guerras eram ao mesmo tempo suscitadas e controladas pelos dois grandes. Agora que o mundo descentralizou os núcleos de poder e de influência, ninguém mais controla as desavenças que surgem em tantos lugares. Se fosse contar as guerras em andamento, as cifras espantam. São dezenas. Quanto ainda falta para o mundo viver de fato em paz! A solidariedade universal, que valoriza indistintamente cada ser humano, ainda tem um longo caminho a percorrer.
Obs: O autor é Bispo Emérito de Jales.