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Gosto, mas não gosto. Se tem um coisa que gosto demais, mas não gosto, é escrever embalada na emoção do outro. É bom demais, as palavras vão saindo, de mãos dadas, parecem dançar por mim, em mim. É ruim. Começo a me apegar a quem escreve. Fico escrava da emoção do outro, que liberta a minha emoção. Adoro, demais. Fico salivando, sei que não parece muito poético esse termo, mas é assim que me percebo, me sinto. Penso que fico por uns momentos em parada cardiorespiratória. Algo me toma. Esquenta o corpo, a cabeça rodopia igual à válvula da panela de pressão. Ah, tenho medo. Já fui pega de surpresa e confundi com paixão. Reticente, vou caminhando lentamente de costas. Recuando, recuando, e caindo no abismo das minhas linhas tortuosas. O coração, bate um bum aqui, outro acolá, todo desconexo. Ah, fica quieto coração. Volto, ponta de pé, toda serelepe para roubar mais emoções. Alguém deve ter dito que ladrão de emoção tem cem anos de perdão. Também inverto tudo, músicas atropelo a letra, ditados, digo da melhor forma que me convém. Me dei a liberdade de roubar emoções para criar emoções. Gosto do friozinho por dentro, do calor por fora, ou sei lá, vai ver que inverti de novo. Não sou dona de mim mesma, nessas horas da paixão pelas palavras que despertam emoções.