Ana Eliza Machado 1 de agosto de 2020

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E se eu sumir, não se assuste. Metamorfoses fazem parte, mesmo às avessas. De borboleta, passei a lagarta. Agora aprendo, do início, e por algum canto vago, procurando minhas asas e meu caminho.
Pois não há nada que possa ser de todo inútil, se aqui me perco, em algum canto me acho. Se agora choro, logo as lágrimas secam, um sorriso nasce, tristezas evaporam, esperanças florescem.
Mesmo perdida, sei que me acho. Mesmo sozinha, sei que há alguém segurando minha mão. Anjos, que disfarçados de amigos me guiam, mesmo às cegas.
E às escuras, sinto que estão ali. Mas muda, não sei como agradeço. Mas cega, não sei onde se encontram. Mas surda, não consigo ouvir as promessas de que tudo vai ficar bem.
Mas talvez seja assim mesmo, talvez todos nós nos sentimos assim, andando em círculos, sem saber onde ir, sem saber se está indo ou voltando, subindo ou descendo, evoluindo ou regredindo.
E volto ao começo. Volto aos primórdios. Volto ao fim. Não sei para onde volto. Não sei por onde caminho. Não sei nem quem sou eu. “Só sei que nada sei”.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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