resomar 1 de agosto de 2020

No leito de agonias, amargas sementes florescem em minha memória dolorida…
Sinto o acaso retornando em passos silenciosos e a tua voz na penumbra a sussurrar que o tempo passou…
Sim, o tempo passou,
mas “eu não me esqueci de nada…”
Enquanto os olhos carregam a melancolia de tua ausência…
Enquanto as emoções rasgam a solidão em sentimentos exilados…
Enquanto este desejo místico e feroz,
este sabor de incerteza penetra em minha alma,
estranho coração bate no peito…
Sinto correr fios de sombras e as lágrimas regressam fragilizadas, perfuradas…
Sinto tua mão sangrar na despedida silenciosa e a interrogar por onde andaste, ou por quê a solidão e esse gosto de noite em minha boca?…
Não, eu não me esqueci de nada…
A saudade mastigou atropelos e tormentos…
Sinto a febre a queimar o vazio e mergulho outra vez no tempo…
Crio espaços coloridos…
Procuro a essência dos momentos…
Não, eu não me esqueci de nada…
04.09.19 – 9:55h

Obs: Imagem enviada pela autora (retirada de Pixabay)
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Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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