1 de julho de 2020
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Ao lado, um ronco interminável. Quiçá fosse o único barulho que ouviria durante toda a noite. Mas não… de todos os lados vinham rangeres de escápulas secas descompassados no ir e vir do balé das redes. Aliás, naquela noite, tudo indicava que as águas do grande rio estavam revoltas.
Somado a tudo isso, lá de baixo vinha o barulho estridente do motor forçando a maresia.
Tentou pegar no sono. Mas a modo que parecia não ter sono.
Embrulhou-se dos pés a cabeça. E pela fresta do antigo lençol via o multicolorido das redes e ouvia os rangeres mais fortes a cada onda mais revoltosa.
Obs: O autor é poeta e fotógrafo amador. Trabalha na UFOPA / campus de Óbidos.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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