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Se você consegue ser feliz sozinho, entender seus anseios e respeitá-los, não avançar para o lado em que lhe é proibido ou não recomendado, suprir suas falhas aceitando sem julgamento e perdoando sem exceção.
Se você consegue silenciar a mente para ouvir a natureza lhe mostrando o caminho.
Se você consegue se abraçar inteiro e se aquecer nas noites frias, sem medo ou covardia.
Se você consegue cantar sua música, aquela que lhe foi dada pelo nascimento neste plano, e identificar cada nota, cada som, como o selo musical que lhe foi deixado como acalanto.
Se você consegue olhar o espelho e dizer para o reflexo que há amor entre as duas imagens, e nada cortará este vínculo.
Se você consegue conversar com suas células e mostrar a elas que você é o comandante desta nave, que elas devem seguir apenas as suas orientações. E elas obedecerem.
Se você consegue, apontando as mãos para o céu, semear novas estrelas, e vê-las brilhando – crianças – na escuridão.
Se você consegue ver o seu ego e mesmo assim mantê-lo como uma energia desnecessária, fora da sua essência, apenas um intruso que tenta voltar para o que pensava ser sua casa.
Se você resolveu suas feridas, mesmo com algumas não curadas, mas limpas e prensadas com o curativo do próprio amor.
Se você consegue olhar pra trás sem saudade, sem vontade de retorno, sem apego, sem desespero, sem traumas ou neuras.
Então se respeite,
pois você chegou aonde poucos chegam.
Você venceu seu próprio eu.
Ziza Rochedo
Ansiando por se resolver para poder retornar a verdadeira casa.
Obs: Imagem enviada pela autora