Padre Beto 15 de julho de 2020

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No Norte da Irlanda, Alistair Little, membro do grupo paramilitar, mata o católico Jim Griffin. Duas semanas depois, Alistair e mais três envolvidos no tiroteio são presos e condenados. O crime foi testemunhado pelo irmão de Jim, Joe Griffin. Trinta anos mais tarde, após cumprir a sentença, Alistair é solto e um pretexto de reconciliação com Joe surge. Em “Rastros de Justiça”, de Oliver Hirschbiegel, encontramos o desafio de não fugir de circunstâncias que exigem justiça, perdão, solidariedade e reconciliação.

Para o Cristão, Jesus de Nazaré é um paradigma, um modelo a ser seguido. Ele é aquele que encarnou os valores que lhe deram o nome de Cristo. Justamente estes valores nós devemos encarnar em nossa vida, para um dia podermos dizer como Jesus Cristo “Eu e o Pai somos um” (Jo 10, 30). Para isso, o cristão deve ter intimidade com os Evangelhos e, através deles, conhecer verdadeiramente quem Jesus foi e como Ele se comportou. O cristão deve ler os Evangelhos. O segundo passo é possui um momento de intimidade com Deus. O cristão deve regularmente reservar um momento de seu dia para um encontro com Deus e levá-lo para os seus afazeres do dia a dia. Qual tipo de oração deve ser feita fica à escolha de cada um, mas o cristão deve manter continuidade. A continuidade é que nos mantém em contato cada vez mais íntimo com Deus. Este contato não nos protegerá das coisas ruins da vida, mas nos fortalecerá e alimentará as virtudes que já possuímos como coragem, humildade, paciência, etc. Por fim, o cristão precisa, diante de cada situação de sua vida, se perguntar criticamente: o que Jesus faria diante desta situação? Esta pergunta deve definir o nosso agir. Justamente este último passo é que nos mostra se estamos sendo um com o Pai. Afinal, nós não somos aquilo que pensamos, mas aquilo que fazemos. No fazer está a profunda intimidade com o Pai. O que o cristão não pode fazer é se esconder diante da neutralidade. Neutralidade é uma ilusão criada pelo ser humano. Se não fazemos nada diante das circunstâncias da vida estamos dando apoio ao mais forte. O não fazer é um fazer. A grande pergunta para o cristão é “o que Deus faria diante desta circunstância?” e fazer. Cada um de nós pode ser a Palavra de Deus nos ambientes que frequenta. Assim, somos um com o Pai. Somente desta forma podemos nos chamar de cristãos, pois estamos contribuindo para a construção de um mundo que poderá ser chamado de Reino de Deus.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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