resomar 1 de julho de 2020

Há uma saudade que teima em permanecer estampada no olhar…
Há uma lágrima desnorteada e confusa,
sem saber onde repousar…

“Longe da razão, a coragem segue de braços atados.” (Saulo Moreira)

Nesse instante devoro tuas fragilidades,
fugas da realidade…
No tempo encarcerada,
carrego confusos sentimentos…

Há uma negritude na pressa dos desejos…
… o pânico, a solidão…
… o silêncio e a dor…

Deixa-me mergulhar em tuas “marcas” para não vomitar disfarces premeditados…

Há um compasso desencontrado, inebriado de incertezas…
… um coração insaciável a percorrer tuas curvas enigmáticas e opacas…

No badalar de sinos ecoa tua partida
… sem “perspectivas” de retorno…
… sem esperança…
… sem “travessias”…
… sem sonhos…
… sem ternura…

Há o tempo que se ausenta e o rio que se distancia…
Há o amor, um dia acreditado,
chama de paz no entardecer de lutas…

No “agora” tento sorrir e liberar a amargura…
A paisagem emudecida sangra…
Tua imagem impregnada na alma…

Grito o teu nome…
Flagelados soluços,
e o adeus no tudo que me resta…

13.05.2020 -18:10h

Obs: Imagem enviada pela autora (retirada de Pixabay)
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Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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