Há uma saudade que teima em permanecer estampada no olhar…
Há uma lágrima desnorteada e confusa,
sem saber onde repousar…
“Longe da razão, a coragem segue de braços atados.” (Saulo Moreira)
Nesse instante devoro tuas fragilidades,
fugas da realidade…
No tempo encarcerada,
carrego confusos sentimentos…
Há uma negritude na pressa dos desejos…
… o pânico, a solidão…
… o silêncio e a dor…
Deixa-me mergulhar em tuas “marcas” para não vomitar disfarces premeditados…
Há um compasso desencontrado, inebriado de incertezas…
… um coração insaciável a percorrer tuas curvas enigmáticas e opacas…
No badalar de sinos ecoa tua partida
… sem “perspectivas” de retorno…
… sem esperança…
… sem “travessias”…
… sem sonhos…
… sem ternura…
Há o tempo que se ausenta e o rio que se distancia…
Há o amor, um dia acreditado,
chama de paz no entardecer de lutas…
No “agora” tento sorrir e liberar a amargura…
A paisagem emudecida sangra…
Tua imagem impregnada na alma…
Grito o teu nome…
Flagelados soluços,
e o adeus no tudo que me resta…
13.05.2020 -18:10h
Obs: Imagem enviada pela autora (retirada de Pixabay)
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