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Não tenho mais coragem
de me olhar no espelho.
Não me conheço mais:
as profundas olheiras
são covas de meus olhos mortos.
Às vezes, quando ouso mergulhar em mim
em busca de alguma forma
que ainda esteja intacta,
tenho medo.
Tenho medo de encontrar outra esperança,
de regá-la,
de fazê-la enraizar, pois
não tenho mais bagagem
para enfrentar os vendavais.
Obs:Maurício Cavalheiro – in “Despetalagem – prosa em versos”
O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.
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