Maurício Cavalheiro 15 de julho de 2020

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depois dos rasgos de cada dia,
dos ataques covardes,
das hienas insaciáveis

depois de atravessar fuzilamentos,
tropeçar, cair, se levantar
com a revolta manchando o espírito

depois que o tropel de sombras
esmigalha os ossos
da dignidade

depois de rastejar ante a plateia
que ri, gargalha,
por não pesar que o destino é o mesmo

depois que a lágrima tolhida
encontra privacidade
e se oceanifica

as mãos precisas da resiliência
removem escombros
e suturam chagas

a noite se silencia
diante do suspiro das flores
que não têm espinhos

quando o fim chegar
será o início das recompensas
que primaveram o jardim de Deus

Obs:Maurício Cavalheiro – in “Despetalagem – prosa em versos”
 O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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