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Hoje iniciamos esta análise fazendo uma saudação especial a aniversariante Jandira Pedroso, que completou mais um outono na sexta feira passada. Pessoa cheia de fé e dedicação como formadora de catequese desde jovem, hoje aposentada curte a idade da sabedoria, parabéns, amiga Jandira. Também aproveitamos para saudar nossa querida Rádio Rural, no próximo domingo completando 56 anos de bons serviços aos povos de Deus amazônicos. Deus queira que Raio Rural ainda possa contribuir com comunicação libertadora nos próximos 50 anos. Parabéns nossa emissora popular.

Estamos vivendo um tempo estranho, nunca antes experimentado pelas atuais gerações. Tempo sem estudantes nas escolas, trabalhadores fora do trabalho, cristãos fora das igrejas, missas católicas só com padres e coroinhas, todo mundo ficando em casa para se livrar do vírus mortal. Tempo estranho, mas real, com país sem governo preocupado com os milhares de atingidos pelo coronaviru, mais de 50 mil infectados e milhares de mortos. Nossa cidade registrando 3.800 infectados e 25 mortos até sexta feira. Sem contar os que morreram em casa sem serem registrados oficialmente.

Sindicatos pararam, escolas fecharam, incluindo as universidades, viagens das comunidades rurais para a cidade ficaram proibidas ou controladas. Só quem não pode parar foram os médicos, enfermeiras, servidores de hospitais e centros de saúde, estes sim, os dignos de louvor e bençãos por arriscarem suas vidas para salvar vidas. Os limpadores de lixo urbano também merecem louvor.

Até o prefeito, bem ou mal, esteve acompanhando a luta contra o coronavirus, mesmo ficando dividido entre salvar vidas, ou atender aos empresários. Já a Câmara de Vereadores silenciou. Diferentes do prefeito, os 21 vereadores não se expuseram ao risco de infecção. Não se envolveram em campanhas solidárias com os sem renda, sem trabalho, não se preocuparam em pressionar seus eleitores a manterem o isolamento social. Silenciaram. Imagina-se que quebrarão o silencio mais próximo das eleições do fim do ano. Ai sim, correrão em busca de nossos votos. Afinal, querem se reeleger pois o salário é muito bom. Restará uma questão para você e para nós: vamos ainda votar neles, ou está na hora de renovar todos os 21 cargos de vereador:

Mas voltemos ao tempo estranho. Como podemos ser depois desse tempo da pandemia. Durante esses meses, ficamos em isolamento social, mudou quase total o ritmo de vida de antes. Na sociedade prevalecia antes, “a lei do cada um por si, eu cuido de mim e tu cuida de ti”. Foi a lei do individualismo, da busca de ganhos, lucros, comprar e vender.

Agora, durante vários meses estamos sem essa correria de sobrevivência de muitos e ganâncias de outros. Você e eu, nós humanos estamos pensando em mudar o ritmo de vida, buscando bem viver, mais do que viver bem: Será que nosso modo de viver a fé será renovada, mais comunitária e solidária, ou vamos continuar só com a fé de “eu e Deus”, com apenas celebração dominical, novenas, reza de terço e pagamento do dizimo:

Eis o desafio quando  a pandemia passar. Vamos mudar para sermos mais humanos, solidários, menos consumistas, mais verdadeiros: Se há mal que vem para bem, como diz o ditado, eis o bem que a pandemia nos oferece.

Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhã? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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