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Éramos 315 bispos na Assembleia Geral  da Conferência Nacional – a conhecida CNBB – realizada em Aparecida de 18 a 26 de abril último. Bispos eméritos, (eufemismo que a sabedoria da Igreja criou para qualificar os bispos de mais de 75 anos…) éramos 28 presentes, de um total incerto de cerca de 160. Havia ainda os administradores diocesanos das dioceses vacantes, sem bispo, em número de 14, e dois bispos eleitos,  ainda não consagrados.

Vindos de todos os recantes da pátria, da fronteira com a Venezuela e a Colômbia, até os limites com a Argentina e o Uruguai, são eles lídimos representantes e conhecedores da realidade de nossas comunidades, sobretudo pobres e carentes, pelo contato contínuo que  têm com as massas populares, desprovidos de demagogia e segundas intenções, sem viverem nos planaltos da corrupção e dos desvios do dinheiro público.

O tema central, que polarizou a atenção do episcopado foi  “Discípulos e servidores   da Palavra de Deus na missão da Igreja”. É preparação para o Ano da Fé,  proclamado pelo Papa Bento XVI, na Carta apostólica PORTA FIDEI  (A Porta da Fé), que terá início em 11 de outubro próximo, 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, e término em 24 de novembro de 2013. A assembleia deste ano foi a 50ª da CNBB, que comemora seus 60 anos de existência, fundada que foi em 1952, ideia criadora do nosso Dom Hélder Câmara, então arcebispo auxiliar do Rio de Janeiro.

Com o tema central, a CNBB pretende  convocar todas as forças vivas da Igreja para o Ano da Fé numa escuta da Palavra de Deus, na comemoração dos 50 anos do Concílio .  Precisamos  todos, como diz o título do Documento, além de discípulos da Palavra – viver a Palavra – sermos servidores, isto é, anunciá-la ao mundo em nossas condições reais de vida, o casado, o solteiro, o funcionário, o empresário, cada um em seu mundo.

A Assembléia renovou com força sua condenação à lei, que permite matar os anencéfalos no útero materno. Emitiu mensagem sobre a celebração do 50º aniversário do Concílio, Nota com orientações para as eleições municipais deste ano e outra Nota em defesa dos direitos dos povos indígenas, dos quilombolas e pescadores artesanais. O Frei Luiz Carlos Susin, capuchinho, apresentou uma análise da atual conjuntura eclesial, a 50 anos do Concílio. O retiro espiritual de costume foi pregado pelo bispo emérito de Mogi das Cruzes, Dom Paulo Mascarenhas, e versou sobre a teologia da Palavra de Deus, acolhê-la e passá-la aos irmãos.

As instalações de Aparecida, com o belíssimo Santuário da Mãe Aparecida, oferecem acolhida insuperável.

A grande preocupação do bispo é estar com seus Padres e conhecer o seu povo. Os Padres, ele trata com carinho paterno, com encontros pessoais e a viva e real preocupação pelo seu bem-estar e o exercício de seu sacerdócio sagrado. O seu povo, ele conhece e trata pessoalmente nas visitas pastorais, encontrando-o em sua realidade viva e partilhando seus problemas e dificuldades, espirituais e materiais. 06.05.12

Obs: O autor é  arcebispo emérito de Maceió.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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