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A vida era-lhe um borrão de cores
que o impedia caminhar sozinho;
tudo que via era uma mancha estranha,
confusa, informe, em movimento ou não.

Ouvia cantos em borrões oliva
esparramados pelo quintal
que silenciavam ao ladrar peralta
daquilo que denominavam cão.

À noite, ouvia a voz da corrente
que escorregava por rasgos da serra…
Mesmo sem ver a precisão das coisas
delas se enchia o seu coração.

Até que um dia o borrão mais doce,
que ele chamava de Mamãe querida,
dispôs janelas em seu meigo olhar
e, desde então, não sabe o que é borrão.

Obs: O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.

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Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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