1 de junho de 2020
Lava as palavras
que são prantos,
num ritual,
para que (não) se faça esquecer.
Lava com água e sabão.
Mais água.
Lava.
Em pinho desinfeta,
em balde esfrega…
Deixa quarar ao sol em castigo,
para que não deixe vestígios.
Enxágua e seca,
dois dias, quem sabe.
Ferve então em fogo brando…
Que seque!
Esqueça assim,
mesmo sem querer.
E que lá permaneça,
até derreter.
Obs: A autora é poeta, administradora e editora da Revista Perto de Casa.
http://pertodecasa.rec.br/
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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