Lourença Lou 15 de junho de 2020

a vida beija na boca
a estranheza dos tempos

pessoas estão indo
e não mais voltarão

na janela da cozinha
sustos brilham em neon

o claro e escuro dos rostos
balançam o ponto seguro

as lutas abraçam o luto
o luto abraça a saudade

me acolho na feridade
o amor de rua me acerta

suavizam-se meus olhos
não se fecham meus ouvidos.

*projeto de acolhimento dos moradores de rua de BH
imagem enviada pela autora: Facebook: Moradores de rua e seus cães

Obs: A autora é mineira. Formada em- Letras pela UFMG, pós-graduou-se na UEMG em Administração Escolar. Às vezes é prosa, outras, poesia. Participou de várias coletâneas, Livro da Tribo, revistas e jornais literários, impressos e virtuais, com poemas, crônicas e contos. Publicou três livros de poesia pela Editora Penalux: Equilibrista (2016), Pontiaguda (2017), Náufraga (2018). Ainda este ano publicará seu primeiro livro de contos e o quarto de poesia.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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