15 de junho de 2020
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de tanto esperar
naquele fim de mundo,
ficamos, eu e o espelho,
muito, mas muito velhos.
imóveis, sentados, vendo
o tempo passar, olhos nos
olhos: eu sem enxergar,
o espelho sem refletir.
cegos, ficamos a esperar
pelo calor de uns braços,
pela alegria de um verão,
pelo cheiro da roupa quarada.
ali, no meio do nada, frios,
completamente insanos,
eu, meus olhos vazios
e o espelho quebrado.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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