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Poderia começar tudo isso dizendo que estava tergiversando nas esquinas do impossível colocando ao abrigo desse subterfúgio a síntese da minha sublevação aos humores do destino. Que se diverte com a opacidade do traço que se delineia ao travo do conhecimento adquirido, quando a constatação chega para dizer o quanto há de deslealdade nos atos daqueles que deveriam construir a ocasião.

Porque estes então acabam se perdendo na argamassa. Levando em conta que afinal de contas o ponto é só um detalhe, e pode ser perdido sem causar repercussão. Puro engano! O Fino acabamento só se apresentará com o esmero na construção da forma. Merecendo da atenção todo carinho a cada passo, em todo vértice no qual possa ser sentido o despertar de um desequilíbrio.

Portanto o amanhã terá a aparência que moldarmos. Teremos sustentação se colocarmos direito a nossa frente às pedras que calçam o caminho. Se do descuido foi feito o ontem, o reflexo desse conceito há de coibir o riso no futuro. Sendo assim trapaceados estamos ocultos na bruma do desatino. Impregnados de dúvidas e sem cognição para suprir todo esse enredo com algum soluço de criação.

O destino, neste critério se compõe estruturalmente da qualidade de cada momento, criando a aparência do tecido social de acordo com este nível. Se uma determinada comunidade, no momento atual carece de regras saudáveis de convívio, em algum momento lá atrás, a responsabilidade foi negligenciada preferindo-se então algum modo mais flexível.

O que naquele momento pareceu mais apropriado, contudo tirou do prumo essa ocasião. Por um critério desconhecido o abismo sempre está no caminho mais fácil. E sempre seduz aqueles que têm a indolência no seu modo de viver. Derivantes e origem um caso de pura atração.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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