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Boa tarde Gecilene e você ouvinte. Nosso assunto de hoje é o que rola em todo o planeta, com concentração aqui em Manaus. Temos hoje partilha com você uma preocupação e um reconhecimento necessário.
Vivendo aqui em Santarém me sinto muito mais próximo de você do que da capital paraense. Em Manaus, são milhares de moradores do Pará, do Baixo Amazonas, parentes nossos, amigos e amigas. Mas não é só por isso nossa preocupação. É que Manaus abriga 2 milhões e 500 mil moradores, maioria vivendo em bairros apertados das periferias, com pouco serviço de esgotos, de água, potável e pouco recolhimento de lixo, muitos desempregados e outros problemas. Então, chegou mais um agravante. Manaus entrou na lista das cidades mais ameaçadas pelo inimigo invisível, o coronavirus. Hoje são mais de 1.106 pessoas infectadas e cerca de 71 já falecidas. Certamente você deve ter informações mais atuais sobre o avanço dos casos. O que precisamos nos preocupar é sobre os cuidados para diminuir as infecções e mortes.
Na atual situação, com certeza os mais pobres são os mais ameaçados, junto com a desinformação e os cegos que seguem outros cegos que não acreditam na necessidade de isolamento social em casa. Mesmo as autoridades locais estejam insistindo na necessidade de se ficar em casa, há muitos seguindo a louca ideia do imbecil presidente que faz questão de agir estupidamente sem máscara e negando a importância do isolamento social. Quem segue tal líder é tão imbecil quanto ele e muito prejudicial aos seus vizinhos. Esta é uma das causas do aumento rápido da doença na cidade. Quem um pouco de juízo e bom senso. Não segue esse mal exemplo.
Aqui precisamos fazer um justo reconhecimento aos médicos/as, enfermeiras/os e demais servidores dos hospitais. Estes e estas sim, merecedores de nossa gratidão. Eles arriscam a vida para salvar vidas. São mártires em vida, 57 deles/as já foram diagnosticados com coronavirus; 1º estão internados e dois estão na UTI. Para 3 já faleceram e são mártires do povo de Manaus. Esses e essas são nossos merecedores de respeito e gratidão.13.04.2020
Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhã? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.