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Ao filho que quero ter…

Darei a Ele toda a minha biblioteca,
Dos livros que li, mas, principalmente, os que não li.
Para que quando a brancura natural dos meus cabelos, e o cansaço dos olhos chegar,
Que Ele possa ler odisseias que eu jamais conheci,
Poemas que eu jamais declamei,
Poesias que eu jamais decifrei.
A ele darei, também, todos os meus CDs.
As músicas que eu sempre ouvi, e aquelas que jamais ouvi.
Para que ele reconheça a melodia, a poesia, o ritmo e outra vez a poesia.
Ao filho que quero ter…
Que ele seja melhor que o próprio criador: melhor escritor, melhor narrador, melhor no amor, melhor ciclista, melhor trovador…
Que ele desbrave comigo as trilhas de bike: as que já trilhei. Mas que busque as suas próprias trilhas…
Mas esse filho que quero ter será o filho que terei?

Outubro, 2012

Obs: O autor é poeta e fotógrafo amador. Trabalha na UFOPA / campus de Óbidos.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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