A. Recordar constatações, conclusões e construções com base           filosófica, teológica e política.
1. Os humanos são iguais, sem distinção de cor, etnia, gênero, idade, posição social… a pandemia não discrimina ninguém. 2. Os humanos são frágeis – não há riqueza, poder, arrogância…. O vírus desafia a coragem, impõem o terror e desnuda a impotência. 3. Os humanos são dependentes uns dos outros – se salvam juntos ou se perdem todos – O direito coletivo sobrepõe-se ao direito individual. 4. Todo sistema social baseado na exploração, no lucro e acumulação privada não se propõe, nem pode resolver os problemas da humanidade. 5. Só um sistema solidário que promove e defende a vida, em todas as formas, pode construir a ordem social mais feliz, fraterna e livre.
B. Ver que princípios, em geral, não vão além do discurso. Há a casta mais igual que a maioria.
1. A pandemia afeta diferentemente a burguesia e a classe trabalhadora. 2. A epidemia só é tratada porque atinge também a burguesia. 3. O Corona vem após política de 50 anos de desmonte do Estado. 4. A mão invisível do mercado é trocada pela mão salvadora do Estado. 5. Patrões e governos sem escrúpulo tiram proveito econômico e político da desgraça.
C.Olhar o Brasil, amparado na aliança empresarial/militar, e dirigido por um …
1. O País tem 200 bilionários e 103 milhões de explorados. 2. Governo e parlamento entregam recursos naturais, retira direitos, vende a pátria. 3. O governo dá polpudas somas e facilidades para cobrir “prejuízos” dos ricos. 4. Mais de 50% da massa da trabalhadora corre sério risco de cair na extrema miséria, em poucas semanas. 5. Corta-se verba da ciência, educação, cultura e pesquisas. 6. Os ricos têm planos de saúde e hospitais aparelhados. 7. Há clara intenção de esvaziar com o SUS, exemplo de atendimento capilar. 8. Serviços públicos são tarifados pensando em satisfazer acionistas. 9. A quarentena freia a propagação para não revelar o descalabro da saúde pública. 10. Pobres não têm espaço, nem água, nem comida, nem atenção à saúde e perdem o emprego e renda se não comparecem ao trabalho.
D. Tirar lições e aprendizados do surto epidêmico
1. Promoveu informações sobre ciência, biologia, enfermagem, geografia, história…. 2. Estimulou gestos criativos de resistência, voluntariado, solidariedade, mútua ajuda. 3. Criar a oportunidade de parar, dedicar-se ao convívio familiar, criar soluções… 4. Divulgou medidas necessárias de higiene, confinamento, isolamento para mitigar os efeitos. 5. Questionou falsos curandeiros e demagogos de plantão. 6. Aplaudiu os profissionais da saúde, mas sem rever o apoio ou omissão diante da retirada de verbas da saúde. 7. Também provocou conflitos e novas discriminações, preconceitos, xenofobia… e disputa de hegemonia.
E. Refletir e propor – dar o peixe e retomar o lago – abre-se janela para inovar
1.Os patrões aproveitam o surto para reestruturar as relações de trabalho: aumentar a exploração, diminuir custos, intensificar vendas online, o delivery, o home office, o trabalho sem contrato. 2. O capitalismo, baseado no lucro, não resolve os problemas da humanidade. 3. Dimensões como saúde, educação, cultura… não podem ser oferecidas à cobiça do mercado. 4. Lutar, no curto prazo, pela supressão de tarifas sociais da água, luz, gás, comida, políticas de trabalho e renda e resgate do SUS, experiência gloriosa de atenção à saúde do povo. 5. Intensificar os debates de elaboração e divulgação de uma Proposta capaz de aglutinar a indignação/revoltas latentes na população, acendidas pela pandemia. 24/03/2020.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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