1 de março de 2020
Perco a vontade,
esqueço o enredo,
deixo que continuem
suas fantasias,
suas farsas,suas falas…
Saio de fininho,
deixo o palco.
A plateia nem percebe
a falta que não faço…
Sento-me
no escuro da coxia,
a escutar o falatório
que nada me dizia
além da fantasia…
Fico ali,
além dos aplausos…
As pessoas adoram aplaudir fantasias.
Agora sim, palco vazio…
a plateia se foi
e o espaço é todo meu.
Num solilóquio,
em alto e bom tom,
posso recitar então,
os versos amargos
da minha solidão.
Obs: Imagem enviada pela autora
A autora é poeta, administradora e editora da Revista Perto de Casa.
http://pertodecasa.rec.br/
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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