Maurício Cavalheiro 15 de março de 2020

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rastrosliterarios.blogspot.com

Tive cabrestos na infância
impregnados de uma verdade só
Bastava o olhar belicoso
para a suspensão do ato irrelevante

Sobrevivi aos medos; alguns
ainda me perseguem
desqualificando qualquer ensaio
contra as imposições de berço

Amiúde me abrigo no silêncio
das interrogações insolúveis
onde a insensatez soletra
que a vida é um calabouço

Tenho cabrestos da vida
feitos com fios irrompíveis
Em meus vazios instantâneos
ouso me ouvir dizer:

se o mundo fosse apenas
habitado por crianças
não haveria tempo
para a invenção da guerra

Obs: Imagem enviada pelo autor. (Ilustração: deviantART)

O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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