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O labirinto é a palavra
esse gradil de fonemas e engasgos,
sempre a forjar amanhãs
pelo sopro do humano verbo.
Mas os amanhãs nem sempre vêm limpos e secos
nem sempre clareiam ou iluminam
antes, embaçam, obscurecem, tingem
o que poderia ser um novo e belo dia.
Mas potros teimosos do devir
cegam e ensurdecem os transeuntes,
peças da engrenagem do mundo
sempre confiadas no porvir.
O que vem é travestido de vontades e esquecimento
nem sempre oito ou oitenta.
E em seu manto milenar e degradê
demarca o sonho e o susto de cada um.
E o homem, armado de coragem e ignorância,
no lombo do bicho se escancha
pra descobrir, passado o atrevimento,
que é sempre no chão o verdadeiro nirvana.
Obs: O autor é Jornalista e Gestor Cultural.
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