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Nesta semana, de 6 a 10 de fevereiro, mais de uma centena de Bispos de todo o Brasil, estivemos reunidos no Centro de Estudos do Sumaré da Arquidiocese do Rio de Janeiro, fazendo o Curso anual para Bispos, feliz iniciativa do Cardeal Eugênio de Araújo Sales, hoje já em sua 21ª edição. O Cardeal Dom Eusébio Sheid a continuou e agora, com a sábia direção de Dom Orani João Tempesta, segue prestando esse grande serviço ao episcopado brasileiro, enquanto assume novos aspectos e nova dinâmica.
Nesses anos todos, em que só perdi um, por motivo de falecimento de pessoa na Itália, muito ligada a mim, tivemos certa vez como palestrante um cardeaL de nome Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento XVI. Outra vez, participou como palestrante o salesiano Dom Tarcísio Bertone, que é hoje o Secretário de Estado, o que significa dizer o número 2 no Vaticano. Renomados teólogos de várias Universidades romanas e de toda a Europa fizeram palestras nesse Curso, de elevado nível cultural e de imenso proveito para o episcopado nacional.
Este ano, continuando a temática do ano passado, na celebração dos 50 anos do Concílio Vatiicano II, aberto pelo Papa João XXIII em 11 de outubro de 1962, tivemos como objeto de estudo: a Constituição dogmática Dei Verbum, do Concílio sobre a Sagrada Escritura, apresentada pelo Cardeal Laurent Montegwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa, no Congo; a Declaração Gravissimum Educationis sobre a Educação, que tem como expositor o Secretário da própria Congregação romana para a educação católica o Arcebispo Jean-Louis Bruguès e, finalmente teremos o estudo, à luz do Concílio, da promoção da unidade dos cristãos, de que trata o decreto Unitatis Redintegratio, apresentado pelo Cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para o ecumenismo.
Foram dias de profundos estudos pastorais, guiados por competentes mestres e. que muito interessam ao exercício do múnus pastoral, missão de todo bispo, mesmo emérito, como é meu caso. São dias também de agradável convívio fraterno e de reencontro de velhos amigos para promoção da fraternidade episcopal. São amigos fraternos que residem em pontos tão distantes desse imenso país. Não há lugar para choques de opiniões e discussão de grupos antagônicos de opinião, como acontece às vezes nas assembléias gerais da Conferência Episcopal. Há sempre ainda também uma tarde de alguma visita de caráter cultural, de que é pródigo o Rio da Janeiro, a velha capital do Brasil.
Quero ainda fazer notar aqui a participação impecável, na Liturgia da Missa e da Hora vespertina, de um grupo de seminaristas do Rio realmente bem preparados e com um desempenho acima de qualquer elogio. ( 08 de 2013)
Obs: O autor é arcebispo emérito de Maceió.