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Para poder ser inteira tive que andar pela vida podando os galhos secos, arrancando pedaços que, um dia, pensei importantes e vitais.
E na desconstrução me achei,
eu estava por trás de tantas camadas mofadas, apodrecidas…
não as lancetava por puro medo da dor do corte.
Assim que criei coragem e comecei a assepsia, fui me sentindo mais forte a cada parte cortada, e descobri – maravilhada – que nem doía.
Aprendi que se não houver a valentia de enfrentar os medos, se não houver a coragem de cortar na carne, se não houver a busca da infecção para raspar a alma e colocá-la novamente pura, sem a sujeira adquirida pelas andanças, nada adiantará seguir em frente.
É se desmanchando o antigo que se acha o novo. O tecido velho pode ser conforto por ser conhecido, mas o tecido novo é o que vem depois da cura.
E foi me destruindo que me construí inteira.
Aprendendo a se desfragmentar.
Obs: Imagem enviada pela autora (Imagem retirada da internet.)