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Agora escrevo não para um amigo imaginário mas para alguém que ama Paris com o mesmo calor que eu. Estás aí nessa bela cidade a quem chamamos de Musa e me telefonas para contar dos teus passeios, visitas a exposições, museus,  restaurantes, cinemas, parques, concertos nas igrejas e tantas coisas que podemos fazer nessa cidade sonhos.

Sabes amigo, aqui no recolhimento do meu lar, impossibilitada de caminhar, agradeço-te o carinho de dividires comigo a tua felicidade de estar em Paris! Então o que faço? Vou divagar e escrever sobre a cidade e seus encantos. Fecho os olhos e me transporto nas asas do sonho e vou te encontrar no “Le Dôme”.

 Estás sentado com uma prancheta na mão cumprindo a tua missão de artista. Não vês que me aproximo. Guardo uma certa distância e fico observado os teus dedos ágeis no “carton” e o que vejo me encanta: desenhas uma mulher de cabelos longos esvoaçantes, vestida com um tecido transparente, deixando aparecer uma silhueta de corpo esguio e longas pernas. Estás fixado apenas no corpo, pois o rosto está encoberto pelas abas de um chapéu. Quem será a sílfede que invade os teus pensamentos? Ergues a taça como se brindasse ao infinito e sorves o vinho branco lentamente.

São quase sete horas da noite e o sol ainda brilha no firmamento. Na calçada o vai e vem de pessoas de todos os tipos e idade é intenso. No meio-fio, pombos arrulham! Um pouco mais adiante, sentado num banco, um velho homem dedilha no acordeon canções de amor e paixão. Tudo é nostalgia em Paris! Apesar de estarmos no século vinte e um.

Reluto em me aproximar. Não sei por que. Digo pra mim mesma. É melhor mantermos o anonimato, finalmente somos amigos há um bocado de tempo e nunca nos vimos, apenas nos falamos. É melhor que cada um de nós imagine o outro da forma que quiser.

Estou sentada perto de ti, saboreio uma borbulhante taça de champanhe e te observo. Quem sabe amanhã, nas minhas perambulações eu te reencontre e então possamos trocar um caloroso abraço! Vamos deixar o tempo passar. Paris.set/013

Obs: Imagem enviada pela autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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