Vilmar Locatelli 15 de fevereiro de 2020

[email protected]

Ouço o samba aguçado desta
Gente
Quente
Serpente que ginga
Enfeitiça
Os meus olhos
encandeados só conseguem
te ver
Ouvir o repinigue
dos tamborins
é sonhar que te encontro
sambando como sempre samba
prá vida
Mais que na avenida

Mulata faceira
sem eira
nem beira
Me queira por um minuto
Enquanto as cores
te fazem rainha

Enquanto a música te balançar
Continuo a te olhar
Não deixe de sambar
sambe,
Mexa as coxas nuas
que somente as tuas
sabem ser tão sedutoras

Depois da avenida deserta
volte coberta nas cinzas
para os mesmos ranzinzas
que te fazem dançar
ao som das panelas
Aquelas que enches
Enquanto teus pequenos
só as conhecem vazias

Mas nunca pare de sonhar
com o dia que o samba
bonito repinicar eterno
No dia bem certo
que a multidão povoar as ruas
Neste dia jogue a água quenten
a cara daqueles carinhas
que te cozinharam
até hoje
Aumente o volume do samba
e seja eternamente rainha

Me convide para sambar agora
ao som da justiça
que o eco da paz traduz em felicidade
Sambaremos na vida
início da eternidade
Sambaremos de verdade
majestade

Obs: O autor é escritor, poeta, advogado, Especialista em Gestão Ambiental de Cidades e Mestre em Gestão e Planejamento Ambiental.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


busca
autores

Autores

biblioteca

Biblioteca

Entrelaços do Coração é uma revista online e sem fins lucrativos compartilhada por diversos autores. Neste espaço, você encontra várias vertentes da literatura: atualidades, crônicas, reportagens, contos, poesias, fotografias, entre outros. Não há linha específica a ser seguida, pois acreditamos que a unidade do SER é buscada na multiplicidade de ideias, sonhos, projetos. Cada autor assume inteira responsabilidade sobre o conteúdo, não representando necessariamente a linha editorial dos demais.
Poemas Silenciosos

Flickr do (Entre)laços
[slickr-flickr type=slideshow]