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Meu  querido,
“Trago em mim cartas que não mais te escrevo e a saudade que eu sinto,  depois que partimos de nós dois. És o amor guardado no sótão das minhas lembranças.”                    Com essas palavras de um poeta, começo  esta Carta ao Vento.                                          A vida nos levou por caminhos opostos. Quando tu chegavas, eu estava partindo! Os encontros foram fogos-fátuo de ilusão. Eu sonhava,   tu querias, mas nunca se realizavam. Tentamos em todas as estações e um,  sempre ficava à espera do outro. A felicidade brincava de esconde-esconde com a gente! Quantas e quantas vezes um encontro foi marcado e nunca acontecia! Sempre havia “uma pedra no caminho” como falou o poeta!  Assim,  o tempo foi passando,  nos empurrando para o envelhecer. O inverno se aproxima. As ruas e praças se cobrem de neve. Em nossos corpos cansados e nos cabelos,  ela também aparece!  É o amor, alimentado durante décadas pelas cartas hoje amarelecidas, onde os desejos eram relatados e os encontros marcados nao aconteciam. Tudo se esvaia no ar! Ah! Meu querido amor irrealizado. Hoje te espero nessa praça  branca e gelada. Logo,  os meus olhos cansados  tão diferentes daqueles que antes viam o mundo colorido, encontram os teus! As retinas se reconhecem de tanto imaginar uma à outra. Estendo as mãos marcadas pelo tempo e toco as tuas, grandes e macias! Aí  acontece o milagre de que só o amor é capaz! O abraço suave, os toques leves e o velho casal, com passos inseguros segue para um tempo perdido nas lembranças do que nunca aconteceu!  Dez/019

Obs: Imagem enviada pela autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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